Poesias e outros textos de Reinaldo Domingues da Costa
Sunday, April 04, 2010
A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparece.
Gramsci
Sunday, January 25, 2009
Epitáfio de Rosa Luxemburgo
Aqui jaz
Rosa Luxemburgo,
judia da Polônia,
vanguarda dos operários alemães,
morta por ordem dos opressores.
Oprimidos,
enterrai vossas desavenças!
Bertolt Brecht
Saturday, May 03, 2008
Indiferentes
Odeio os indiferentes. Creio, como Friedrich Hebbel, que "viver é tomar partido". Não podem existir os que são apenas homens, os estranhos à cidade. Quem vive verdadeiramente não pode deixar de ser cidadão, e de tomar partido. Indiferença é abulia, é parasitismo, é covardia, não é vida. Por isso, odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a âncora que paralisa o inovador, a matéria inerte onde se afogam frequentemente os mais esplêndidos entusiasmos, o pântano que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, já que traga em suas areias movediças os que a combatem e os dizima, os desencoraja e, muitas vezes, os faz desistir de empreendimento heróico.
Antonio Gramsci Escritos Políticos
Sunday, May 06, 2007
Teu nome é um ferimento de guerra
Teu silêncio - meu exílio.
Somos tudo
da nova não-ordem
o prelúdio
A única posição revolucionária:
expropriação de todos os modelos - síntese.
Friday, December 08, 2006
Não existem vitais e significantes formas de arte; existe apenas arte, e esta é rara. O crescimento das populações não contribuiu em nada para fazer da arte algo menos raro; simplesmente fez aumentar a habilidade com que sucedâneos podem ser produzidos e embalados.
Raymond Chandler
Saturday, June 03, 2006
Meia idade é... ... a tragédia do homem de 50 anos que não consegue responder mensagens de texto enviadas pelo celular da namorada vinte e tantos anos mais nova.
Sunday, January 29, 2006
Hino do MST(Movimento dos Sem Ternura)
ocuparei seu coração este latifúndio improdutivo
descerrarei as porteiras deste pasto de fantasmas do passado e passarei a viver ali pois só tem direito a viver nele aqueles que pretendem viver dele
enfrentarei os senhores feudais e seus jagunços e tocaias usurpadores de seus sentimentos mais belos que serão meus
reforma agrária, na lei ou na marra entreguem-me o seu coração: ocupar, resistir, produzir e reproduzir...